Cirurgia ginecológica

A cirurgia ginecológica inclui procedimentos sobre o útero, ovários, trompas, colo do útero e vagina. Alguns gestos são muito pequenos e feitos dentro do útero ou através de incisões mínimas. Outros são operações maiores que corrigem situações mais complexas.

A decisão de operar nunca depende apenas de uma ecografia ou de um resultado laboratorial. Depende das queixas, do impacto na vida diária, dos planos de fertilidade e das preferências pessoais. Um bom plano cirúrgico começa com uma explicação clara do problema e de todas as opções disponíveis, incluindo opções não cirúrgicas.

Em Lisboa, a Dra. Joana Faria realiza e coordena cirurgia ginecológica para doenças benignas e infertilidade em português, inglês, francês, e espanhol. Privilegia as técnicas minimamente invasivas sempre que estas são seguras e adequadas.

Esta página apresenta uma visão geral da cirurgia ginecológica. Para mais pormenores pode também consultar as páginas cirurgia de doenças benignas e infertilidade, cirurgia ginecológica minimamente invasiva, histeroscopia, laparoscopia e cirurgia ginecológica convencional.

O que é

A cirurgia ginecológica é usada para diagnosticar ou tratar doenças que afetam os órgãos reprodutivos internos. Inclui, por exemplo, miomas, pólipos uterinos, endometriose, quistos ováricos, alterações das trompas, hemorragias abundantes e algumas causas de infertilidade e dor pélvica.

Existem diferentes tipos de procedimentos:

  • Cirurgia histeroscópica realizada dentro da cavidade uterina através do colo, sem cortes no abdómen.
  • Cirurgia laparoscópica realizada através de pequenas incisões no abdómen com uma câmara e instrumentos finos.
  • Cirurgia convencional por via vaginal ou através de uma incisão abdominal maior quando isso é mais seguro ou tecnicamente necessário.

A melhor técnica depende do tipo de doença, da sua extensão, do estado geral de saúde e dos projetos de gravidez.

Principais sintomas e quando se deve preocupar

A cirurgia costuma ser considerada quando existem queixas ou alterações que não melhoram o suficiente apenas com tratamento médico. Entre as situações frequentes estão:

  • Menstruações muito abundantes ou prolongadas que causam anemia ou limitam as atividades diárias.
  • Dor pélvica recorrente ou menstruações muito dolorosas que não aliviam com medicação.
  • Quistos ováricos ou massas pélvicas grandes, persistentes ou com aspeto suspeito nos exames.
  • Pólipos ou miomas que deformam a cavidade uterina e podem afetar a fertilidade ou causar hemorragia.
  • Doenças das trompas, endometriose ou aderências que podem contribuir para infertilidade.

Deve considerar um parecer cirúrgico se já foram tentados tratamentos médicos sem alívio suficiente, se os exames mostram lesões em crescimento ou se existe preocupação em relação à natureza de uma massa.

Deve procurar cuidados de urgência se tiver dor abdominal intensa que surge de forma súbita, dor acompanhada de febre e grande mal estar ou hemorragia muito abundante com tonturas ou desmaio. Estes sinais podem corresponder a urgências como torção, rotura ou infeção que podem exigir cirurgia rápida.

Diagnóstico: exames e o que esperar antes da cirurgia

Antes de decidir uma cirurgia é fundamental fazer uma avaliação detalhada. Isto ajuda a confirmar a indicação, escolher a melhor técnica e planear uma recuperação segura.

O estudo pré operatório inclui habitualmente:

  • História clínica e exame
    Conversa sobre as queixas, antecedentes médicos, cirurgias anteriores e medicamentos em uso. O exame geral e ginecológico ajuda a perceber a dimensão e posição do útero e dos ovários.
  • Exames de imagem
    A ecografia endovaginal é central em ginecologia. Consoante o caso, histerossonografia, ressonância magnética pélvica ou outros exames podem acrescentar informação útil.
  • Análises de sangue
    Avaliam anemia, coagulação, função renal e hepática e, quando necessário, alguns marcadores tumorais.
  • Consulta de anestesia
    Para a maioria das cirurgias, sobretudo as realizadas com anestesia geral, irá encontrar se com um anestesista que revê o seu estado de saúde, explica o tipo de anestesia e esclarece dúvidas.

Nesta fase recebe também indicações sobre preparação, jejum, medicamentos a suspender ou ajustar e duração prevista do internamento.

Opções de tratamento e expectativas realistas

Nem todas as situações ginecológicas exigem cirurgia. Quando a cirurgia é uma opção, ela costuma fazer parte de um plano mais amplo que pode incluir medicação e vigilância.

As principais vias de tratamento são:

  • Tratamento médico
    Em alguns casos, tratamento hormonal, controlo da dor ou outros medicamentos são a primeira escolha. Se as queixas melhoram e os exames se mantêm estáveis, pode não ser necessária cirurgia.
  • Cirurgia minimamente invasiva
    Histeroscopia e laparoscopia permitem muitas vezes tratar de forma eficaz com menos dor e recuperação mais rápida do que a cirurgia aberta. Muitas mulheres têm alta no próprio dia ou após uma noite de internamento.
  • Cirurgia convencional
    As vias vaginal ou abdominal com incisão maior podem ser mais seguras perante miomas muito grandes, aderências complexas ou suspeita de cancro. A recuperação é geralmente mais lenta, mas o objetivo é o mesmo: tratar o problema de forma completa e segura.

É importante ter expectativas realistas. A cirurgia pode reduzir de forma marcada a dor e a hemorragia e melhorar a fertilidade em situações selecionadas, mas não garante um ciclo perfeito nem gravidez em todos os casos. Como em qualquer intervenção, existem riscos de hemorragia, infeção, lesão de órgãos vizinhos e, raramente, necessidade de novos procedimentos.

Como a Dra. Joana Faria aborda a cirurgia ginecológica

A Dra. Joana Faria acredita que cada decisão cirúrgica deve ser partilhada e informada. O objetivo é que compreenda porque é recomendada a cirurgia, o que vai ser feito e que alternativas existem.

No dia a dia, ela:

  • Parte das suas queixas e prioridades, e não apenas dos resultados dos exames.
  • Explica com linguagem simples a anatomia, o problema e o procedimento proposto, recorrendo a esquemas ou imagens sempre que útil.
  • Escolhe técnicas minimamente invasivas sempre que são seguras e reserva a cirurgia convencional para situações em que traz um benefício claro.
  • Trabalha em estreita articulação com anestesiologia, equipas de fertilidade e equipas cirúrgicas multidisciplinares quando necessário.
  • Fornece instruções claras para preparação e recuperação, incluindo o regresso ao trabalho, ao exercício físico e à vida sexual.

O objetivo é que se sinta informada, respeitada e acompanhada antes, durante e depois da cirurgia, com expectativas realistas e espaço para colocar todas as suas dúvidas.

FAQ

Perguntas frequentes


Em que situações preciso mesmo de fazer cirurgia ginecológica?

A cirurgia costuma ser recomendada quando as queixas são intensas ou persistentes apesar do tratamento médico, quando existem lesões em crescimento ou com aspeto suspeito nos exames ou quando um problema estrutural interfere claramente com a fertilidade ou com a qualidade de vida. A decisão é individual e deve ter em conta a idade, os planos de gravidez, outras doenças e as preferências pessoais. Em consulta, a Dra. Joana Faria explica os benefícios e riscos da cirurgia em comparação com a continuação do tratamento médico para que possam decidir em conjunto.

Qual a diferença entre laparoscopia e cirurgia abdominal aberta?

Na laparoscopia utilizam se pequenas incisões no abdómen por onde passam uma câmara e instrumentos compridos. Isto costuma traduzir se em menos dor, cicatrizes menores e recuperação mais rápida do que na cirurgia abdominal aberta, em que é feita uma incisão maior para aceder diretamente aos órgãos. No entanto, a cirurgia aberta pode ser mais segura ou mais eficaz em algumas situações complexas. A cirurgiã recomendará a abordagem que oferecer melhor equilíbrio entre segurança e benefício no seu caso.

Quanto tempo vou demorar a recuperar depois de uma cirurgia ginecológica?

O tempo de recuperação depende do tipo de procedimento, da técnica utilizada e do estado geral de saúde. Após uma histeroscopia ou laparoscopias simples, muitas mulheres regressam a atividades ligeiras em poucos dias. Depois de laparoscopias mais complexas ou de cirurgia abdominal aberta, podem ser necessárias várias semanas até se sentir totalmente recuperada. Antes da operação, a sua médica dará uma estimativa realista para o regresso ao trabalho, à condução, ao exercício e à vida sexual no seu caso.

A cirurgia ginecológica pode afetar a minha fertilidade?

Algumas cirurgias têm como objetivo melhorar a fertilidade, por exemplo ao remover pólipos ou miomas que deformam a cavidade uterina, tratar endometriose ou corrigir problemas das trompas. Outros procedimentos podem reduzir a fertilidade se for necessário retirar parte dos ovários ou das trompas. Antes de qualquer intervenção é importante falar sobre os planos de gravidez para adaptar a técnica e proteger a fertilidade tanto quanto possível. A Dra. Joana Faria inclui sempre este tema na discussão pré operatória quando é relevante.

É sempre necessária anestesia geral na cirurgia ginecológica?

Não. Alguns procedimentos, sobretudo histeroscopias diagnósticas ou gestos intrauterinos pequenos, podem ser feitos com anestesia local ou sedação ligeira. Já a laparoscopia e a maior parte das cirurgias abdominais abertas necessitam de anestesia geral. Na consulta de anestesia irá falar sobre o tipo de anestesia mais seguro e confortável para si e sobre a forma como a dor será controlada durante e depois da operação.

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