A histeroscopia é um exame que permite ver o interior do útero com uma câmara fina. Pode servir apenas para observar a cavidade uterina ou para tratar problemas como pólipos, pequenos miomas, aderências ou algumas malformações do útero.
A câmara é introduzida pela vagina e pelo colo do útero. Não há cortes no abdómen. Em muitas situações, a histeroscopia é um procedimento curto, com recuperação rápida.
Em Lisboa, a Dra. Joana Faria realiza e coordena histeroscopias diagnósticas e operatórias em português, inglês, francês, e espanhol. Dá especial atenção a explicações claras, técnica delicada e redução máxima do desconforto.
Esta página explica o que é a histeroscopia, em que situações é útil e o que pode esperar antes e depois do exame. Pode também consultar as páginas de cirurgia ginecológica minimamente invasiva e cirurgia de doenças benignas e infertilidade.
O que é
A histeroscopia utiliza um endoscópio fino, chamado histeroscópio, para observar a cavidade uterina. É utilizado um pequeno volume de líquido para abrir o interior do útero e permitir ver a mucosa num monitor.
Existem dois tipos principais de histeroscopia:
- Histeroscopia diagnóstica usada para inspecionar a cavidade, confirmar ou excluir lesões e, por vezes, fazer biópsias do endométrio.
- Histeroscopia operatória usada para tratar pólipos, miomas submucosos, aderências (sinéquias) ou corrigir algumas malformações uterinas que podem influenciar a hemorragia ou a fertilidade.
A histeroscopia é muitas vezes utilizada em casos de hemorragia uterina anormal, abortos de repetição, infertilidade ou quando a ecografia sugere uma lesão dentro da cavidade.
Principais sintomas e quando se deve preocupar
A histeroscopia pode ser recomendada quando existem um ou mais dos seguintes sintomas:
- Menstruações muito abundantes que interferem com a vida diária ou causam anemia.
- Hemorragias entre menstruações ou após relações sexuais.
- Hemorragias irregulares durante contraceção hormonal ou terapêutica hormonal, depois de excluídas as causas mais frequentes.
- Dificuldade em engravidar ou abortos precoces de repetição, sobretudo quando se suspeita de alteração da cavidade uterina.
- Alterações na ecografia, como pólipos, miomas submucosos ou possível malformação do útero.
Deve procurar avaliação ginecológica se as hemorragias forem mais abundantes, mais longas ou mais irregulares do que o habitual, se precisar de mudar de proteção com muita frequência ou se se sentir cansada e com falta de ar durante o período. Deve também consultar se tem desejo de gravidez e o seu médico suspeita de um problema dentro do útero.
É importante procurar cuidados de urgência em caso de hemorragia muito abundante com coágulos, tonturas, desmaio ou dor pélvica intensa com febre e grande mal estar. Estas situações exigem avaliação imediata e podem necessitar de tratamento de urgência.
Diagnóstico: exames e o que esperar antes da histeroscopia
Antes de propor histeroscopia é feita uma avaliação cuidada para compreender as queixas e escolher o momento mais adequado para o procedimento.
O estudo inclui habitualmente:
- História clínica e exame ginecológico
Conversa sobre ciclo menstrual, gravidezes, abortos espontâneos, contraceção, cirurgias anteriores e outras doenças. O exame pélvico ajuda a avaliar colo e útero. - Ecografia endovaginal
Exame central para observar a cavidade uterina, a espessura do endométrio e identificar pólipos, miomas ou outras lesões. - Histerossonografia quando necessário
Ecografia realizada com injeção de líquido estéril na cavidade, que pode evidenciar pequenos pólipos ou miomas e ajudar a decidir se a histeroscopia é necessária. - Análises de sangue
Consoante os casos, podem incluir hemoglobina, coagulação e, por vezes, estudos hormonais ou outros parâmetros.
Antes do exame recebe instruções claras sobre a preparação. Em algumas situações é prescrita medicação para amolecer o colo. Fica também informada sobre o tipo de anestesia ou analgesia previsto, que pode ir de anestesia local ou sedação ligeira a anestesia geral, de acordo com a complexidade do gesto e as suas preferências.
Opções de tratamento e expectativas realistas
A histeroscopia é uma das opções para avaliar e tratar problemas dentro do útero. A melhor abordagem depende das queixas, da idade, do desejo de gravidez e dos resultados dos exames prévios.
As principais opções são:
- Tratamento médico
Em alguns casos de hemorragia anormal, o tratamento hormonal ou outros medicamentos são a primeira escolha. Se as queixas melhoram e os exames são tranquilizadores, pode não ser necessária histeroscopia. - Histeroscopia diagnóstica
Permite visualizar diretamente a cavidade e fazer biópsias dirigidas. Pode confirmar que a cavidade é normal ou identificar lesões a tratar, no momento ou mais tarde. - Histeroscopia operatória
Permite remover pólipos e pequenos miomas, tratar aderências e corrigir algumas malformações. Estes gestos melhoram frequentemente os padrões de hemorragia e podem aumentar as hipóteses de gravidez em situações selecionadas.
É importante ter expectativas realistas. A maioria das mulheres tem alta algumas horas após a histeroscopia e retoma atividades ligeiras em um a dois dias. Cólicas ligeiras e pequenas perdas de sangue durante alguns dias são frequentes. Complicações graves, como perfuração do útero, infeção ou sobrecarga de fluidos, são raras mas possíveis. A sua médica explicará estes riscos em linguagem simples para que o consentimento seja verdadeiramente esclarecido.
Como a Dra. Joana Faria aborda a histeroscopia na prática
A Dra. Joana Faria acredita que a histeroscopia deve ser o mais confortável e transparente possível. Ela explica, antes do exame, o que irá ver, sentir e ouvir em cada fase do procedimento.
No dia a dia, ela:
- Parte das suas queixas e expectativas, e não apenas das imagens de ecografia.
- Explica as indicações para histeroscopia, o que vai ser feito e que alternativas existem, incluindo o tratamento médico.
- Utiliza técnicas suaves e equipamento moderno para reduzir o desconforto, escolhendo o local e o tipo de anestesia mais adequados a cada mulher.
- Trabalha em estreita articulação com equipas de fertilidade quando a histeroscopia faz parte do estudo ou preparação de tratamentos de fertilidade.
- Fornece instruções escritas claras para a recuperação e sinais de alerta, como febre, dor persistente ou hemorragia intensa, para que saiba quando deve contactar a equipa.
O objetivo é que se sinta informada, respeitada e acompanhada antes, durante e depois da histeroscopia, com tempo para colocar todas as suas dúvidas.
