Alterações do ciclo, dor menstrual e infeções genitais

Infeções genitais

As infeções genitais são muito frequentes e podem afetar mulheres em qualquer idade. Podem provocar corrimento, comichão, ardor, mau cheiro ou dor. Em alguns casos são causadas por fungos ou bactérias, noutros resultam de irritação, alterações hormonais ou doenças da pele e não de uma infeção clássica.

Em Lisboa, a Dra. Joana Faria realiza consultas sobre infeções genitais em português, inglês, francês, e espanhol. O objetivo é compreender as suas queixas, identificar a causa e escolher um tratamento eficaz e realista para o dia a dia.

Esta página centra se em infeções e corrimento. Para mais informação sobre alterações do ciclo e dor menstrual pode também consultar as páginas de alterações do ciclo menstrual e dor menstrual.

O que é

A vagina não é um espaço estéril. Tem um microbioma próprio, com bactérias protetoras que variam ao longo do ciclo e da vida. Por isso, algum corrimento é normal. Habitualmente é transparente ou esbranquiçado, sem cheiro intenso e sem comichão ou ardor.

As infeções genitais surgem quando determinados microrganismos se desenvolvem em excesso ou quando germes pouco habituais chegam ao trato genital. Entre as situações mais comuns estão:

  • Candidíase vaginal corrimento branco espesso, comichão, ardor e irritação.
  • Vaginose bacteriana corrimento acinzentado ou esbranquiçado, muitas vezes com cheiro mais intenso, que pode piorar após as relações sexuais.
  • Infeções sexualmente transmissíveis como clamídia, gonorreia ou tricomoníase, que podem causar corrimento, dor ou não dar sintomas.
  • Doenças da vulva e da pele como dermatites, líquen escleroso ou simples irritação causada por produtos ou roupa, que podem parecer infeções.
  • Infeções urinárias que afetam a bexiga e causam ardor a urinar, por vezes confundidas com queixas vaginais.

Perante esta diversidade de causas, é importante não assumir que todos os episódios são iguais ao anterior. Um tratamento que resultou uma vez pode não ser a melhor opção da próxima vez.

Principais sintomas e quando se deve preocupar

Algumas variações do corrimento são esperadas em torno da ovulação, antes da menstruação, na gravidez ou com contracetivos hormonais. Outras alterações sugerem infeção ou irritação e justificam avaliação.

Deve ponderar marcar consulta se notar:

  • Corrimento novo, com cor, quantidade, consistência ou cheiro diferentes do habitual.
  • Comichão, ardor ou desconforto na vulva ou na vagina.
  • Dor nas relações sexuais.
  • Ardor ao urinar ou necessidade de urinar muitas vezes.
  • Vermelhidão, fissuras, pequenas feridas ou manchas esbranquiçadas na vulva.
  • Episódios que melhoram e voltam a surgir várias vezes por ano.

Deve procurar cuidados de urgência se tiver dor pélvica ou abdominal intensa, febre, arrepios, ardor muito marcado a urinar com sangue na urina ou sensação de grande mal estar. Estes sinais podem corresponder a doença inflamatória pélvica ou a infeção urinária mais grave.

Diagnóstico: exames e o que esperar

Muitas mulheres sentem algum embaraço ao falar de sintomas genitais. A Dra. Joana Faria está habituada a ouvir este tipo de queixas e procura criar um ambiente calmo e respeitador durante a consulta.

Consoante a situação, a avaliação pode incluir:

  • História clínica
    Perguntas sobre início das queixas, como são os sintomas, o que melhora ou piora, ciclo menstrual, vida sexual, métodos contracetivos, infeções anteriores e tratamentos já feitos.
  • Exame ginecológico
    Observação da vulva, vagina e colo do útero. Muitas situações podem ser reconhecidas à vista e com testes simples realizados no momento.
  • Colheitas vaginais e cervicais
    Amostras colhidas com zaragatoa suave para estudar microbioma, fungos, bactérias e infeções sexualmente transmissíveis quando indicado.
  • Exames de urina
    Análise sumária e urocultura nos casos com queixas urinárias.
  • Análises de sangue
    Em contextos selecionados, exames para infeções específicas ou para avaliar o sistema imunitário e o controlo da glicemia, sobretudo em infeções recorrentes.

Estes exames costumam ser pouco ou nada dolorosos. Se em algum momento sentir desconforto, pode dizê lo e o procedimento será adaptado.

Opções de tratamento e prevenção

O tratamento depende da causa das queixas. As estratégias são diferentes para infeções por fungos, vaginose, infeções sexualmente transmissíveis ou simples irritação. Em muitos casos é necessário avaliar ou tratar também a pessoa parceira.

Alguns exemplos de opções discutidas em consulta incluem:

  • Tratamentos locais sob a forma de comprimidos vaginais, cremes ou géis.
  • Medicamentos por via oral para infeções que precisam de tratamento sistémico.
  • Ajustes de higiene íntima, evitando duches internos, produtos perfumados e sabonetes agressivos.
  • Mudanças em alguns tipos de roupa, dando preferência a tecidos respiráveis e evitando ficar muito tempo com roupa molhada.
  • Planos de prevenção personalizados para mulheres com infeções recorrentes, incluindo estratégias em torno da menstruação, das relações sexuais ou do uso de antibióticos.
  • Rastreio e tratamento da pessoa parceira nos casos de infeção sexualmente transmissível.

É importante não tratar todos os episódios apenas com o mesmo medicamento de venda livre sem fazer exame. Tratar se repetidamente sem avaliação pode esconder outros problemas e dificultar a identificação da causa real.

Como a Dra. Joana Faria aborda as infeções genitais

A Dra. Joana Faria sabe que os sintomas genitais podem afetar a vida íntima, a autoestima e o conforto diário. A sua abordagem é prática, respeitadora e focada em soluções duradouras, e não apenas num alívio de poucos dias.

No dia a dia, ela:

  • Ouve com atenção a descrição das queixas e das experiências anteriores.
  • Explica em linguagem simples qual é o diagnóstico mais provável e o que foi excluído.
  • Evita antibióticos desnecessários e escolhe tratamentos realmente úteis para o seu caso.
  • Discute estratégias para reduzir o risco de recorrência, integrando mudanças pequenas mas eficazes na rotina.
  • Organiza o rastreio de infeções sexualmente transmissíveis e o tratamento da parceira ou do parceiro quando é necessário.

Para muitas mulheres, perceber que os sintomas têm explicações claras e que não estão sozinhas nem em culpa é um grande alívio. Com um plano estruturado, as infeções genitais tornam se mais fáceis de tratar e de prevenir.

FAQ

Perguntas frequentes


Como distinguir corrimento normal de corrimento por infeção?

O corrimento vaginal normal é habitualmente transparente ou esbranquiçado, sem cheiro intenso e sem comichão, ardor ou dor. Pode variar ao longo do ciclo, tornando se por exemplo mais elástico à volta da ovulação. Corrimento esverdeado, acinzentado ou muito amarelado, com cheiro forte ou associado a comichão, ardor, dor ou sangue sugere mais infeção ou irritação. Só o exame e, quando necessário, as colheitas permitem confirmar a causa, por isso não é aconselhável fazer auto diagnóstico apenas pela cor ou consistência.

Posso tratar infeções genitais apenas com medicamentos de venda livre, sem consulta?

Algumas mulheres reconhecem um padrão de candidíase ligeira e melhoram com tratamentos de venda livre. No entanto, tratar se repetidamente sem exame pode esconder outras causas, atrasar o diagnóstico correto e favorecer resistência a alguns medicamentos. Se as queixas forem intensas, recorrentes ou diferentes dos episódios anteriores, é mais seguro fazer uma consulta de ginecologia e definir um plano de tratamento direcionado.

As infeções genitais estão sempre relacionadas com má higiene?

Não. As infeções genitais raramente significam falta de higiene. Na realidade, lavagens excessivas, duches internos e produtos perfumados podem irritar a vulva e a vagina, alterar o microbioma e aumentar o risco de sintomas. Fatores como antibióticos, hormonas, diabetes, roupa muito apertada e atividade sexual têm muitas vezes mais impacto. A médica pode orientar sobre hábitos de higiene simples que protegem, em vez de prejudicar, o equilíbrio natural.

A minha parceira ou o meu parceiro também precisa de tratamento se eu tiver infeção genital?

Depende do tipo de infeção. Em muitas candidíases e em alguns casos de vaginose bacteriana, nem sempre é necessário tratar a pessoa parceira. Já nas infeções sexualmente transmissíveis é habitual ser preciso testar e tratar ambas as pessoas para evitar reinfeções. Na consulta, a médica explica se, no seu caso, é recomendável fazer rastreio ou tratamento à pessoa parceira.

Porque é que as infeções voltam mesmo depois do tratamento?

As infeções genitais recorrentes podem ter várias explicações. Por vezes o primeiro tratamento não foi o mais adequado para o microrganismo em causa. Noutros casos, as recorrências relacionam se com fatores como diabetes, alterações da imunidade, uso frequente de antibióticos, alguns contracetivos hormonais ou produtos irritantes. As práticas sexuais e infeções na pessoa parceira também podem ter influência. Numa consulta focada em infeções recorrentes é possível rever a história clínica, ajustar os exames e propor um plano de prevenção adaptado à sua vida.

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