Contraceção e menopausa

Menopausa

A menopausa é uma fase natural da vida e não uma doença. Marca o fim dos ciclos menstruais e da fertilidade. Para algumas mulheres, esta transição é discreta. Para outras, os sintomas podem interferir com o sono, o humor, a vida íntima e as rotinas do dia a dia.

Em Lisboa, a Dra. Joana Faria realiza consultas de perimenopausa e menopausa em português, inglês, francês, e espanhol. O objetivo é ouvir o que sente, explicar o que se passa no organismo e construir um plano adaptado à sua história clínica e às suas prioridades.

Esta página centra se na menopausa. Para mais informação sobre opções de contraceção nesta fase, pode consultar a página de contraceção.

O que é

A menopausa define se pela ausência de menstruação durante 12 meses consecutivos, sem que isso se deva a gravidez, medicamentos ou cirurgia. Os anos antes e depois desta última menstruação chamam se perimenopausa e pós menopausa.

Durante a perimenopausa, as hormonas oscilam. Os ciclos tornam se mais irregulares e os sintomas podem surgir mesmo com menstruações ainda presentes. São frequentes, por exemplo:

  • Ciclos mais longos, mais curtos ou imprevisíveis.
  • Alterações do fluxo, com menstruações mais ligeiras ou mais abundantes.
  • Ondas de calor e suores noturnos.
  • Dificuldade em dormir e sensação de cansaço.
  • Alterações do humor, irritabilidade ou maior fragilidade emocional.
  • Secura vaginal ou dor nas relações sexuais.

Depois da menopausa, os níveis hormonais estabilizam num valor mais baixo. Alguns sintomas diminuem, enquanto outros, como a secura vaginal ou a perda de massa óssea, podem persistir e precisam de atenção específica.

Principais sintomas e quando se deve preocupar

Muitos sintomas relacionados com a menopausa são incómodos mas não são, por si só, sinais de doença grave. Ainda assim, não é necessário "aguentar" sem ajuda. A consulta permite perceber que sintomas se relacionam com alterações hormonais e quais exigem outro tipo de estudo.

Deve ponderar marcar consulta se tiver:

  • Ondas de calor ou suores noturnos que perturbam o sono ou o dia a dia.
  • Dificuldade em dormir persistente, cansaço intenso ou problemas de concentração.
  • Alterações do humor, ansiedade ou sensação de não se reconhecer.
  • Secura, ardor ou comichão vaginal, ou dor nas relações sexuais.
  • Diminuição do desejo sexual que a incomoda ou afeta a relação.
  • Hemorragias irregulares ou muito abundantes na casa dos 40 ou 50 anos.

Alguns sinais merecem atenção especial. Deve procurar avaliação médica se surgirem:

  • Sangramentos após 12 meses consecutivos sem menstruação.
  • Sangramento depois das relações sexuais já em menopausa.
  • Perda de peso sem explicação, dor pélvica importante ou outros sintomas fora do habitual.

Estes sintomas podem ter causas benignas, mas justificam uma avaliação estruturada para excluir problemas do útero, colo ou ovários.

Diagnóstico: exames e o que esperar

O diagnóstico de menopausa é muitas vezes feito com base na idade, no padrão das menstruações e nas queixas. Nem sempre são necessárias análises, sobretudo depois dos 45 anos. No entanto, alguns exames podem ser úteis para orientar o tratamento e a prevenção a longo prazo.

Numa consulta de menopausa pode esperar:

  • História clínica detalhada
    Conversa sobre a evolução do ciclo, sintomas, doenças e cirurgias anteriores, história familiar de doença cardiovascular, trombose, cancro da mama ou osteoporose, estilo de vida e expectativas.
  • Exame físico
    Medição da tensão arterial e do peso e, quando indicado, exame ginecológico para avaliar vagina, colo e órgãos pélvicos.
  • Ecografia pélvica quando necessário
    Recomendada em caso de hemorragias irregulares ou abundantes, dor pélvica ou doença benigna conhecida do útero ou dos ovários.
  • Análises em casos selecionados
    Podem ser pedidas análises para avaliar lípidos, glicemia, função tiroideia, vitamina D ou outros parâmetros. A dosagem de algumas hormonas pode ser útil em certas situações, mas não é necessária em todas as mulheres.
  • Avaliação da densidade óssea
    Em mulheres com maior risco de osteoporose, a densitometria óssea ajuda a planear a prevenção e o tratamento.

No final da consulta, a Dra. Joana Faria propõe um plano que pode incluir medidas de estilo de vida, tratamentos vaginais locais, medicamentos não hormonais ou terapêutica hormonal quando está indicada, explicando sempre porque é que cada opção é ou não recomendada no seu caso.

Opções de tratamento e seguimento

O objetivo do tratamento na menopausa não é parar o tempo, mas sim reduzir sintomas que prejudicam a qualidade de vida e proteger a saúde a longo prazo, sobretudo dos ossos e do sistema cardiovascular.

Entre as opções que podem ser abordadas estão:

  • Medidas de estilo de vida
    Ajustar rotinas de sono, atividade física, alimentação, consumo de álcool e cafeína e estratégias de gestão de stress.
  • Tratamentos vaginais locais
    Hidratantes e estrogénios vaginais em baixa dose para melhorar secura, ardor e dor nas relações, com absorção sistémica muito reduzida.
  • Medicamentos não hormonais
    Certos fármacos podem ajudar a diminuir ondas de calor ou melhorar o sono quando a terapêutica hormonal não é adequada.
  • Terapêutica hormonal da menopausa
    Estrogénios isolados ou associados a progestagénio, por via oral, transdérmica ou outras. Podem melhorar de forma importante ondas de calor, suores noturnos, sono, alguns sintomas de humor e queixas vaginais em mulheres bem selecionadas.
  • Prevenção da osteoporose
    Ingestão adequada de cálcio e vitamina D, exercício físico regular e, quando indicado, medicamentos específicos para tratar ou prevenir osteoporose.

A decisão de usar terapêutica hormonal é individual. Depende da idade, do tempo desde a menopausa, da intensidade das queixas e dos fatores de risco pessoais e familiares. O seguimento regular é fundamental para reavaliar benefícios e riscos, ajustar doses e decidir durante quanto tempo manter o tratamento.

Como a Dra. Joana Faria aborda a menopausa

A Dra. Joana Faria sabe que a menopausa não é apenas um fenómeno hormonal. É também uma fase em que muitas mulheres vivem mudanças profissionais, familiares e pessoais. A sua abordagem junta o conhecimento médico ao respeito pela história e pelas preferências de cada mulher.

No dia a dia, ela:

  • Começa por ouvir o impacto das queixas na sua vida, e não apenas o resultado dos exames.
  • Explica em linguagem clara o que se sabe e o que ainda é discutido sobre menopausa e terapêutica hormonal.
  • Utiliza recomendações atualizadas para avaliar se a terapêutica hormonal é segura e benéfica no seu caso.
  • Apresenta opções não hormonais e tratamentos locais quando as hormonas não estão indicadas ou não são desejadas.
  • Constrói um plano com passos claros e organiza o seguimento para rever como se sente e ajustar o tratamento, se necessário.

Para muitas mulheres, ter uma ginecologista de confiança nesta fase torna a menopausa mais fácil de compreender e viver, com mais conforto e maior autonomia nas decisões sobre a própria saúde.

FAQ

Perguntas frequentes


Como saber se estou em perimenopausa ou já em menopausa?

A perimenopausa é a fase de transição em que as hormonas começam a oscilar. Os ciclos tornam se mais irregulares e surgem sintomas como ondas de calor ou dificuldades em dormir, mas as menstruações ainda existem. A menopausa confirma se quando passam 12 meses seguidos sem menstruação, sem que isso se deva a gravidez ou medicamentos. Em consulta, a médica analisa a idade, o padrão do ciclo e as queixas e, em alguns casos, pode recorrer a análises para esclarecer melhor a situação.

Em que idade costuma começar a menopausa?

Em média, a menopausa natural ocorre no início dos 50 anos, mas existe uma grande variação. Algumas mulheres entram em menopausa mais cedo, outras mais tarde. Quando ocorre antes dos 40 anos chamamos menopausa prematura, o que exige uma avaliação específica. Mais do que o número exato, importa perceber como está a ser a transição, a intensidade dos sintomas e que riscos de saúde devem ser considerados no seu caso.

Preciso de continuar a usar contraceção na perimenopausa?

Sim. Enquanto estiver em perimenopausa e ainda tiver menstruações, mesmo que irregulares, continua a ser possível ovular e engravidar. O risco diminui com a idade, mas só desaparece depois de confirmada a menopausa. Em consulta, a médica pode ajudá la a escolher um método seguro para a sua idade e saúde e a decidir quando é razoável suspender a contraceção.

As ondas de calor são perigosas para a saúde?

As ondas de calor não são perigosas por si só, mas podem interferir muito com o bem estar, o sono e o humor. A falta de descanso e o stress crónico podem, por sua vez, afetar a saúde cardiovascular e metabólica. Por isso, tratar ondas de calor não é apenas uma questão de conforto, mas também, em alguns casos, de prevenção. A médica pode discutir consigo medidas não hormonais e, quando indicado, terapêutica hormonal para as reduzir.

Quais são os principais riscos e benefícios da terapêutica hormonal na menopausa?

A terapêutica hormonal da menopausa pode aliviar ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono, secura vaginal e alguns sintomas de humor. Também pode ajudar a proteger a densidade óssea. Ao mesmo tempo, pode aumentar determinados riscos, como fenómenos trombóticos ou alguns tipos de cancro, dependendo do tipo de hormonas, da dose, da duração do tratamento e da história clínica. Em muitas mulheres saudáveis e próximas da idade da menopausa, o balanço pode ser favorável, mas deve ser sempre analisado individualmente. Uma consulta detalhada é a melhor forma de perceber se este tratamento faz sentido para si.

As alterações de estilo de vida fazem mesmo diferença na menopausa?

Sim. A prática regular de atividade física, uma alimentação equilibrada, uma boa higiene do sono e estratégias para gerir o stress têm impacto real nos sintomas e na saúde a longo prazo. Não substituem os tratamentos médicos quando estes são necessários, mas são uma base importante. Muitas mulheres referem que pequenas mudanças, realistas, melhoram a energia, o humor e o sono. Na consulta, a Dra. Joana Faria pode ajudar a identificar que alterações são mais relevantes e exequíveis na sua rotina.

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