Os pólipos uterinos são crescimentos benignos do endométrio, a camada que reveste o interior do útero. São frequentes em mulheres entre os 30 e os 60 anos e constituem uma causa habitual de hemorragias menstruais irregulares.
A maioria dos pólipos é benigna. Muitos são pequenos e não causam sintomas. Outros podem provocar perdas de sangue fora da menstruação, períodos mais abundantes ou hemorragia após as relações sexuais ou após a menopausa.
Em Lisboa, a Dra. Joana Faria faz a avaliação e o tratamento de pólipos uterinos em consultas em português, inglês, francês, e espanhol. O objetivo é compreender as queixas, confirmar o diagnóstico e decidir consigo se é melhor remover o pólipo ou apenas vigiá lo.
Esta página é dedicada aos pólipos uterinos. Para uma visão mais global pode também consultar a página doenças benignas do aparelho reprodutor e as páginas específicas sobre adenomiose, miomas e endometriose.
O que é
Um pólipo uterino é uma pequena proliferação do endométrio que ocupa a cavidade do útero. Pode estar ligado por um pedículo fino ou por uma base mais larga.
O tamanho é variável. Alguns pólipos medem apenas alguns milímetros, outros ocupam grande parte da cavidade. Também é possível existir mais do que um pólipo ao mesmo tempo.
A grande maioria dos pólipos é benigna. Num pequeno número de casos, sobretudo após a menopausa ou na presença de fatores de risco, um pólipo pode conter células anormais ou pré cancerígenas. Por isso, os pólipos que causam sintomas ou que parecem atípicos na ecografia são habitualmente removidos e analisados em laboratório.
Principais sintomas e quando se deve preocupar
Muitos pólipos uterinos não causam sintomas e são descobertos por acaso numa ecografia ou noutro exame.
Quando há queixas, estas incluem com frequência:
- Perdas de sangue ou corrimento acastanhado entre menstruações.
- Menstruações mais abundantes ou mais prolongadas do que o habitual.
- Hemorragia após as relações sexuais.
- Hemorragia após a menopausa, mesmo que seja pouca.
- Em alguns casos, dificuldade em engravidar ou perdas gestacionais, sobretudo se o pólipo ocupa parte da cavidade uterina.
Deve considerar uma consulta se notar alterações do padrão habitual de hemorragia, perdas que se repetem durante vários meses ou qualquer episódio de hemorragia após a menopausa.
Deve procurar cuidados de urgência se tiver hemorragia muito abundante com coágulos e sensação de desmaio ou tonturas, ou se a hemorragia vier acompanhada de dor intensa e febre. Estes sinais podem corresponder a outro problema que precisa de avaliação rápida.
Diagnóstico: exames e o que esperar
O diagnóstico de pólipos uterinos resulta da combinação das queixas com os exames de imagem. Na maioria das situações, uma consulta detalhada e uma ecografia pélvica de qualidade são os primeiros passos.
O estudo pode incluir:
- História clínica
Conversa sobre o ciclo menstrual, perdas fora da menstruação, hemorragia após relações ou após a menopausa, gravidezes e tratamentos anteriores. - Exame ginecológico
Avaliação da vulva, vagina e colo do útero, o que permite também excluir causas locais de hemorragia. - Ecografia pélvica endovaginal
Exame central para estudar o útero e o endométrio. Os pólipos costumam surgir como lesões focais na cavidade. A ecografia descreve o tamanho, número e localização. - Histerossonografia
Ecografia realizada enquanto se coloca uma pequena quantidade de líquido no interior do útero através de um cateter fino. O líquido melhora o contraste e ajuda a ver melhor a forma e a base de implantação do pólipo. - Histeroscopia diagnóstica
Introdução de uma câmara fina pelo colo do útero para observar diretamente a cavidade uterina. Permite ver os pólipos em detalhe e, se necessário, removê los no mesmo procedimento.
A histeroscopia é habitualmente um procedimento curto. Pode ser realizada com anestesia local ou geral, consoante o caso e a preferência. Receberá indicações sobre a preparação e sobre o que esperar nos dias seguintes.
Opções de tratamento e expectativas realistas
Nem todos os pólipos uterinos precisam de ser removidos. A decisão depende da idade, das queixas, do aspeto na ecografia e dos projetos de gravidez.
As principais opções incluem:
- Vigilância
Em mulheres jovens com pólipos pequenos e sem sintomas, pode ser razoável apenas vigiar. Alguns pólipos desaparecem espontaneamente, sobretudo enquanto os ciclos são ovulatórios. A vantagem é evitar um procedimento invasivo. A limitação é a possibilidade de o pólipo se manter ou começar a dar queixas mais tarde. - Polipectomia histeroscópica
É o tratamento mais frequente. Através do histeroscópio, o pólipo é cortado e retirado de dentro da cavidade. O tecido é enviado para análise laboratorial. A recuperação tende a ser rápida, com cólicas ligeiras e hemorragia discreta durante alguns dias. - Tratamento médico
Métodos hormonais, como alguns contracetivos ou dispositivos intrauterinos com libertação de hormonas, podem ajudar a controlar a hemorragia. Não fazem desaparecer todos os pólipos, mas podem reduzir as queixas, em especial em mulheres perto da menopausa ou que não podem ser operadas.
É importante ter expectativas realistas. Remover um pólipo que está claramente associado às queixas costuma trazer melhoria evidente. Continua a ser possível que surjam novos pólipos no futuro, sobretudo antes da menopausa. Se isso acontecer, as queixas serão reavaliadas e poderá ser discutido um novo plano.
Como a Dra. Joana Faria aborda os pólipos uterinos
A Dra. Joana Faria sabe que a hemorragia anómala gera preocupação compreensível em relação a cancro e fertilidade. A sua abordagem passa por explicar de forma simples o que se passa dentro do útero e o que cada opção significa para o futuro.
No dia a dia, ela:
- Ouve com atenção de que forma a hemorragia interfere com a rotina, o trabalho e a vida íntima.
- Revê consigo as imagens de ecografia e, sempre que possível, de histeroscopia.
- Explica com clareza quando é recomendável remover o pólipo e quando é seguro adotar uma atitude conservadora.
- Trabalha com equipas cirúrgicas experientes em polipectomia histeroscópica, procurando um tratamento eficaz com tempo de recuperação curto.
- Articula os cuidados com equipas de fertilidade e de gravidez se estiver a tentar engravidar.
O objetivo é que se sinta informada, tranquila e envolvida nas decisões sobre o seu útero, em vez de ter a sensação de que um procedimento lhe é imposto sem explicação.
