Prevenção das doenças da mulher

Rastreio das doenças do aparelho reprodutor feminino

O rastreio das doenças do útero, ovários e trompas permite detetar algumas alterações numa fase mais precoce e orientar a decisão entre vigilância e tratamento. Em muitas mulheres, estes órgãos podem ser avaliados numa consulta de prevenção, mesmo na ausência de sintomas significativos.

Este rastreio baseia se sobretudo numa história clínica cuidada, num exame ginecológico e numa ecografia pélvica. Em conjunto, estes elementos ajudam a identificar situações como miomas, adenomiose, pólipos uterinos, endometriose, quistos do ovário e outras massas benignas.

Em Lisboa, a Dra. Joana Faria realiza consultas focadas na prevenção em que estas estruturas são avaliadas à luz da sua idade, sintomas, história familiar e planos futuros.

O que é

O rastreio das doenças do aparelho reprodutor feminino corresponde à avaliação do útero, ovários e estruturas vizinhas em mulheres que se sentem bem ou têm apenas queixas ligeiras. O objetivo é identificar alterações precocemente, perceber o seu significado e decidir se basta observar ou se é necessário tratar.

Este rastreio pode incluir:

  • Uma conversa detalhada sobre o ciclo, a dor, o padrão de hemorragias, os desejos reprodutivos e a história familiar de cancro ginecológico ou do ovário.
  • Um exame ginecológico para avaliar o tamanho e a mobilidade do útero, dos ovários e do pavimento pélvico.
  • Uma ecografia pélvica, habitualmente por via endovaginal, para visualizar o útero, o endométrio, os ovários e a região anexial.

Consoante os achados, a médica pode suspeitar ou confirmar doenças como miomas, adenomiose, pólipos uterinos, endometriose, quistos do ovário ou outras lesões benignas. Neste site encontrará páginas específicas que explicam estas doenças e as opções de tratamento com mais detalhe.

Principais sintomas e quando se deve preocupar

O rastreio é por vezes feito em mulheres assintomáticas, no contexto de um check up de prevenção. No entanto, alguns sintomas devem ser sempre discutidos em consulta e podem motivar uma avaliação mais completa.

Deve procurar avaliação médica se notar:

  • Menstruações muito abundantes ou hemorragias que duram mais do que o habitual.
  • Sangramento entre menstruações ou após as relações sexuais.
  • Dor pélvica, cólicas ou sensação de pressão no baixo ventre.
  • Dor durante as relações sexuais.
  • Inchaço abdominal, sensação de "barriga inchada" ou aumento do perímetro abdominal sem explicação clara.
  • Dificuldade em engravidar após algum tempo de tentativa.

Estes sintomas são comuns e nem sempre correspondem a uma doença grave. São um motivo para ser observada, não um motivo para entrar em alarme. Na consulta, a médica avaliará se é necessário realizar ecografia ou outros exames.

Em caso de dor súbita intensa, hemorragia muito abundante com tonturas ou desmaio, ou quadro abdominal agudo, deve contactar o 112 ou dirigir se de imediato ao serviço de urgência mais próximo.

Diagnóstico: exames e o que esperar

O principal exame para rastrear doenças do útero e ovários é a ecografia pélvica, na maioria das vezes por via endovaginal. É um exame rápido que utiliza ondas sonoras, sem recurso a radiação.

Nesta avaliação pode esperar:

  • Entrevista clínica
    Revisão da história, das queixas e de exames de imagem ou análises anteriores.
  • Exame ginecológico
    Exame bimanual para palpar o útero e as regiões anexiais, identificar dor e estimar o tamanho de eventuais massas.
  • Ecografia endovaginal
    Uma sonda fina, protegida por uma cobertura, é introduzida delicadamente na vagina. Permite obter imagens detalhadas do útero, endométrio, ovários e trompas. A maioria das mulheres descreve o exame como ligeiramente desconfortável, mas não doloroso.
  • Ecografia abdominal quando necessário
    Em alguns casos, especialmente quando a via endovaginal não é possível ou precisa de ser complementada, a ecografia é feita através da parede abdominal.

A ecografia permite identificar a presença, o tamanho e o aspeto de miomas, pólipos, quistos e outras massas, bem como avaliar a espessura do endométrio. Nem todas as alterações vistas em ecografia são perigosas. Muitas são benignas e apenas exigem vigilância.

Opções de tratamento e seguimento

O rastreio nem sempre leva a tratamento. Muitas vezes serve para confirmar que está tudo normal ou que uma situação já conhecida se mantém estável. Quando surge uma lesão nova, os passos seguintes dependem do tipo, do tamanho, do aspeto e dos sintomas associados.

As opções de abordagem podem incluir:

  • Vigilância simples, com ecografia de controlo ao fim de um período definido.
  • Tratamento médico de sintomas como hemorragias abundantes ou dor, quando indicado.
  • Exames complementares, por exemplo análises de sangue ou ressonância magnética, em situações selecionadas.
  • Cirurgia ginecológica quando a lesão é volumosa, muito sintomática ou tem características suspeitas.

O objetivo é evitar intervenções desnecessárias sem deixar de tratar problemas que o justifiquem. As decisões são individualizadas e têm em conta a idade, o desejo de gravidez futura, cirurgias prévias e o estado de saúde global.

Como a Dra. Joana Faria aborda este rastreio na prática

A Dra. Joana Faria integra o rastreio das doenças do útero e ovários numa visão global da saúde ginecológica. Não se limita às imagens da ecografia, mas relaciona cada achado com as suas queixas e prioridades.

No dia a dia, ela:

  • Explica de antemão o que a ecografia consegue mostrar e o que não consegue excluir totalmente.
  • Realiza o exame com delicadeza, comentando cada etapa e verificando o seu conforto.
  • Mostra e descreve os principais achados no ecrã quando isso ajuda a compreender melhor a situação.
  • Esclarece se um quisto, mioma ou pólipo tem aspeto benigno e qual o seguimento recomendado.
  • Articula a abordagem com radiologistas e cirurgiões quando são detetadas lesões mais complexas.

Para muitas mulheres, saber que uma ginecologista experiente acompanha o caso ao longo do tempo traz clareza e tranquilidade, mesmo na presença de pequenas lesões.

FAQ

Perguntas frequentes


Porque posso precisar de uma ecografia pélvica se me sinto bem?

Em algumas situações recomenda se fazer ecografia pélvica mesmo sem sintomas. Isto pode acontecer se tem história de miomas ou quistos do ovário, se está a ser seguida por uma doença conhecida ou se existem fatores de risco como forte história familiar. O objetivo é confirmar que tudo se mantém estável e detetar alterações numa fase inicial, e não procurar problemas a todo o custo.

A ecografia endovaginal é dolorosa ou perigosa?

A ecografia endovaginal é segura e bem tolerada. Utiliza ondas sonoras e não implica radiação. A maioria das mulheres descreve uma sensação de pressão ou ligeiro desconforto, mais do que dor. A sonda é fina e está protegida por um revestimento. Se em algum momento sentir dor ou grande desconforto, deve informar a médica para que o exame seja ajustado.

A ecografia consegue detetar precocemente o cancro do ovário?

A ecografia pélvica é muito útil para visualizar os ovários e caracterizar quistos e massas. No entanto, nenhum exame garante a deteção precoce de todos os casos de cancro do ovário. A ecografia ajuda a identificar lesões que podem exigir vigilância mais próxima ou exames adicionais. O risco global é avaliado com base em vários fatores, incluindo história familiar, idade e aspeto ecográfico.

Com que frequência devo fazer ecografia pélvica de rastreio?

Não há um intervalo único que sirva para todas as mulheres. Algumas não precisam de ecografias de rotina, enquanto outras beneficiam de imagiologia regular por terem doenças conhecidas ou fatores de risco. A decisão de repetir ou não a ecografia, e com que periodicidade, deve ser tomada em conjunto com a ginecologista, tendo em conta o seu historial, os achados atuais e as recomendações existentes.

Preciso de alguma preparação especial para fazer ecografia pélvica?

A preparação depende do tipo de ecografia. Na maioria das ecografias endovaginais não é necessário jejum e pode esvaziar a bexiga antes do exame, salvo indicação diferente. Para a ecografia abdominal, pode ser pedido que venha com a bexiga moderadamente cheia.

Se for detetado um quisto ou mioma, significa sempre cirurgia?

Nem sempre. Muitos quistos do ovário, miomas e pólipos são pequenos, benignos e não causam sintomas. Nesses casos, a vigilância com ecografias periódicas é muitas vezes suficiente. A cirurgia é considerada quando a lesão é grande, está a crescer, tem características suspeitas ou provoca sintomas marcados, como dor, sensação de pressão ou hemorragias abundantes. A decisão é tomada em conjunto com a médica, após uma explicação clara dos benefícios e riscos.

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