Prevenção das doenças da mulher

Rastreio das doenças da mama

As doenças da mama são frequentes e, na maioria dos casos, benignas. Ainda assim, detetar alterações na mama numa fase precoce pode fazer uma grande diferença, sobretudo no caso do cancro da mama. O rastreio combina o exame clínico das mamas com exames de imagem como a mamografia e a ecografia mamária, ajustados à idade e ao nível de risco de cada mulher.

Muitas mulheres sentem dúvida ou preocupação em relação à mamografia: quando começar, de quanto em quanto tempo repetir, o que fazer se surgir um nódulo. Uma informação clara ajuda a tomar decisões informadas e a evitar tanto medos exagerados como atrasos perigosos.

Em Lisboa, a Dra. Joana Faria orienta o rastreio das doenças da mama no contexto das consultas de ginecologia, em articulação com equipas de radiologia experientes em imagiologia mamária.

O que é

O rastreio das doenças da mama consiste em procurar alterações antes de surgirem sintomas ou quando ainda são muito pequenas. Habitualmente integra três componentes:

  • Exame clínico das mamas em que a médica observa e palpa suavemente as mamas e as axilas.
  • Mamografia exame radiológico que permite detetar pequenas calcificações e nódulos.
  • Ecografia mamária exame que utiliza ondas sonoras para caracterizar nódulos e tecido mamário denso, sem utilização de radiação.

Os exames indicados e a sua frequência dependem da idade, da história pessoal e familiar, de exames anteriores e das recomendações em vigor. Para algumas mulheres está indicada mamografia de rastreio em intervalos definidos. Para outras, a imagiologia é pedida de forma dirigida, perante sintomas ou fatores de risco específicos.

Principais sintomas e quando se deve preocupar

O rastreio é muitas vezes feito numa fase em que se sente bem. No entanto, certos sinais na mama devem motivar sempre uma consulta, mesmo que a última mamografia tenha sido normal.

Deve procurar avaliação médica se notar:

  • Um novo nódulo ou área endurecida na mama ou axila, que persiste após a menstruação.
  • Alterações na forma ou tamanho de uma das mamas.
  • Alterações da pele, como rugas, vermelhidão, espessamento ou aspeto em "casca de laranja".
  • Alterações do mamilo, como inversão para dentro, crostas ou descamação.
  • Saída espontânea de líquido pelo mamilo, sobretudo se é sanguinolento ou apenas de um lado.
  • Dor mamária persistente e localizada, que não segue o padrão do ciclo.

A maioria destes sinais está associada a situações benignas como quistos ou fibroadenomas. São um motivo para ser observada, mas não motivo para pânico. A médica decidirá se é necessário realizar exames de imagem ou outros testes.

Se notar um aumento rápido de volume, inchaço importante, sinais de infeção como febre com vermelhidão marcada ou se se sentir muito mal, deve contactar o 112 ou dirigir se diretamente ao serviço de urgência.

Diagnóstico: exames e o que esperar

A avaliação mamária combina o exame físico com exames de imagem adequados à sua situação. O objetivo é obter informação fiável, mantendo o exame o mais confortável possível.

Durante o rastreio ou o estudo de uma alteração na mama, pode esperar:

  • História clínica
    Conversa sobre a idade, situação hormonal (ciclo, menopausa), gravidezes, amamentação, uso de hormonas, história familiar de cancro da mama ou ovário e sintomas atuais.
  • Exame clínico das mamas
    Observação e palpação das mamas e axilas em posição sentada e deitada, para detetar nódulos, assimetrias ou alterações da pele.
  • Mamografia quando indicada
    Cada mama é posicionada entre duas placas e comprimida durante alguns segundos para obter as imagens. A compressão pode ser desconfortável, mas é rápida. Os equipamentos atuais utilizam doses baixas de radiação.
  • Ecografia mamária
    Uma sonda com gel é deslocada sobre a mama e a região axilar. O exame é indolor e especialmente útil em mamas densas ou em áreas específicas que precisam de melhor caracterização.
  • Exames adicionais em casos selecionados
    Em algumas situações pode ser recomendada ressonância magnética mamária ou biópsias guiadas por imagem para esclarecer um achado.

A Dra. Joana Faria, em conjunto com a equipa de radiologia, explicará quais os exames indicados no seu caso e como interpretar os resultados. Uma imagem "alterada" não significa necessariamente cancro, e muitos achados são classificados como provavelmente benignos, com vigilância programada.

Opções de tratamento e seguimento

O rastreio não conduz automaticamente a tratamento. Na maioria das vezes confirma se uma situação normal ou identificam se alterações benignas que podem ser acompanhadas.

Consoante os resultados, a abordagem pode incluir:

  • Seguimento de rotina com exame clínico e imagiologia em intervalos definidos.
  • Controlo imagiológico de curto prazo quando uma lesão é considerada provavelmente benigna.
  • Biópsia guiada por imagem de uma área suspeita, para obter um diagnóstico preciso.
  • Referenciação para cirurgia mamária ou oncologia quando se confirma uma lesão maligna.

Quando é necessário tratamento, as opções vão desde cirurgias localizadas até terapêuticas sistémicas, dependendo do tipo e estádio da doença. As decisões são tomadas em equipa multidisciplinar e discutidas consigo de forma detalhada.

Como a Dra. Joana Faria aborda o rastreio da mama na prática

A Dra. Joana Faria integra o rastreio da mama numa visão global da saúde da mulher, e não como um exame isolado. Trabalha em proximidade com radiologistas e cirurgiões dedicados à mama, para garantir informação coerente e seguimento adequado.

No dia a dia, ela:

  • Revê a história pessoal e familiar para estimar o nível de risco de cancro da mama.
  • Explica em que momento a mamografia de rastreio é recomendada para si e que alternativas existem.
  • Prepara a doente para o que pode esperar durante a mamografia e ecografia, incluindo o possível desconforto e formas de o minimizar.
  • Comenta os relatórios de imagiologia em linguagem simples e acessível.
  • Articula referenciação para especialistas de mama quando é necessária biópsia ou tratamento.

Para muitas mulheres, ter uma ginecologista de confiança para interpretar os resultados e orientar os passos seguintes reduz significativamente a ansiedade associada ao rastreio da mama.

FAQ

Perguntas frequentes


A partir de que idade devo fazer mamografias de rastreio?

A idade ideal para iniciar a mamografia de rastreio depende das recomendações nacionais e dos seus fatores de risco individuais, como história familiar ou doenças da mama prévias. Muitas mulheres começam o rastreio numa fase intermédia da vida, enquanto algumas mulheres de alto risco podem precisar de imagiologia mais precoce e frequente. Numa consulta, a Dra. Joana Faria pode rever o seu historial e sugerir um plano de rastreio ajustado ao seu caso.

Com que frequência devo repetir a mamografia ou a ecografia mamária?

A periodicidade dos exames da mama depende da idade, do nível de risco e de resultados anteriores. Algumas mulheres beneficiam de mamografia regular em intervalos definidos, enquanto outras apenas necessitam de imagiologia perante alterações específicas. Se já teve achados alterados ou mamas muito densas, pode ser recomendado um seguimento mais próximo. A sua ginecologista, em conjunto com o radiologista, definirá o esquema mais adequado.

A mamografia é muito dolorosa e a radiação é perigosa?

Muitas mulheres descrevem a mamografia como desconfortável, mais do que verdadeiramente dolorosa. A compressão da mama é necessária para obter imagens nítidas e dura apenas alguns segundos em cada posição. Os equipamentos modernos procuram reduzir ao máximo o desconforto. A dose de radiação utilizada no rastreio é baixa e, para a maioria das mulheres, o benefício potencial de um diagnóstico precoce supera este risco reduzido. A sua médica pode ajudar a perceber como este equilíbrio se aplica ao seu caso.

Se sentir um nódulo mas a mamografia estiver normal, devo preocupar me?

É importante valorizar qualquer nódulo novo e persistente, mesmo que as primeiras imagens pareçam tranquilizadoras. Em muitos casos, a combinação de exame clínico, ecografia e mamografia é suficiente para confirmar que a alteração é benigna. Por vezes são recomendados exames adicionais ou biópsia para esclarecer totalmente a situação. Deve sempre informar a sua médica sobre novas alterações, em vez de depender apenas de exames anteriores.

Tenho mamas densas. Isso altera o meu rastreio?

O tecido mamário denso pode dificultar a deteção de pequenas alterações apenas com mamografia, porque tanto o tecido denso como as lesões aparecem claros na imagem. Em mulheres com mamas muito densas, a ecografia é muitas vezes utilizada em conjunto com a mamografia e, em alguns casos de alto risco, podem ser consideradas outras técnicas como a ressonância magnética. O relatório radiológico costuma referir a densidade mamária, e a sua médica explicará de que forma isso influencia o plano de rastreio.

A terapêutica hormonal da menopausa aumenta o risco de cancro da mama?

Alguns tipos e durações de terapêutica hormonal de substituição (THS) estão associados a um pequeno aumento do risco de cancro da mama, sobretudo quando se combinam estrogénios com progestagénios. Ao mesmo tempo, a THS pode melhorar muito a qualidade de vida em mulheres com sintomas intensos da menopausa. A decisão de iniciar ou suspender o tratamento é individual e deve ser tomada após discutir benefícios, riscos e alternativas. O rastreio mamário é uma parte importante do seguimento das mulheres que utilizam THS.

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